Sáb 3 de Novembro

18h · Átrio do Pequeno Auditório
Picnic Conversa Afiada
entrada livre -  Duração: 2h

Continuamos insistentemente a ter de lidar com o preconceito acerca do hermetismo associado à criação artística contemporânea e a ver surgir ciclicamente na opinião pública a sua perpétua aura e condição de supérfluo… por isso perguntamo-nos a nós e a todos os interessados: como continuar a ser artista em Portugal e “ser” daí para o Mundo?
O PICNIC CONVERSA AFIADA será um local de encontro em torno de relva artificial, comida verdadeira e conversa politicamente vivenciada. De um modo lúdico e descontraído levaremos os convivas a partilhar as suas reflexões mesmo quando de boca cheia. Em grupos formados aleatoriamente será servida, juntamente com os acepipes, uma questão para “picar” que promete ser um generoso convite a ajudarem-nos a cozinhar ideias e a mastigar sobre o que andamos aqui a fazer. Faça chuva ou faça sol neste picnic o tempo será de conversa com a clara consciência que política é reflectir em conjunto e que revoluções fazem-se às refeições.

20h30 · Sala 1
NADA DO QUE DISSEMOS ATÉ AGORA TEM A VER COMIGO
2€ - preço único sem descontos - Duração: 30 min.
©Inês Abreu e Silva
DIRECÇÃO ARTÍSTICA Rita Natálio PERFORMERS António Júlio, Cláudio da Silva e Nuno Lucas FOTOGRAFIA Inês Abreu e Silva APOIO À PRODUÇÃO O Rumo do Fumo CO-PRODUÇÃO Ciclo Documente-se! - Serviço de Artes Performativas da Fundação de Serralves, Departamento de Sociologia e Instituto de Sociologia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Centro de Investigação e Estudos de Sociologia (ISCTE). O Rumo do Fumo é uma estrutura subvencionada pelo Governo de Portugal - Secretaria de Estado da Cultura.

Nada do que dissemos até agora teve a ver comigo é um projecto de improvisação dirigido por Rita Natálio para três performers, estreado no Ciclo “DOCUMENTE-SE!  na Fundação de Serralves em 2009. Usando como ponto de partida um conjunto de testemunhos recolhidos através de entrevistas, encontros e apropriações espontâneas, o resultado final será uma improvisação com o tempo real das histórias de vida - monólogo a três vozes, linha de montagem de ideias ou concerto de experiências faladas do mundo.





21h30 · Sala 2
A PEÇA VERMELHA
2€ - preço único sem descontos - Duração: 25 min.
©Céline Larrèrre
CONCEPÇÃO Lígia Soares INTERPRETAÇÃO Joana da Silva ASSISTÊNCIA DE ENSAIOS Madalena Silva COLABORADORES Andresa Soares, Eduard Gabia, Emilian Gatsov, Guilherme Garrido, Pedro Soares e João Nicolau PRODUÇÃO Máquina Agradável
Se eu quisesse fazer uma peça começava por anunciar que ia fazer uma peça, depois anunciava-me a mim como autora dessa peça. Não lhe dava logo nome e fazia-a de uma só vez sem pensar. Porque pensar atrasa a compreensão das coisas profundas. A profundidade é silenciosa, ou por vezes há música, mas principalmente silenciosa. Desgostosa porque não está ao de cima, como as outras coisas que vemos ao de cima. Não, a profundidade está sempre por baixo, atrás, sem tona. E também não se vê. Não sai, não se integra. Por isso se quisesse eventualmente fazer uma peça profunda, não a mostrava, ou mesmo não a faria. Já que as peças para serem feitas têm de vir ao de cima, parar-nos às mãos. Ah...e serem vistas, têm de ser vistas, e quanto mais vistas mais vistas são. E quanto mais vistosas mais vistas serão, e quanto mais gostosas mais comidas então. Uma peça até pode ser profunda se for gostosa e logo depois comida. Senão estraga-se. E o espectáculo? O espectáculo deve ser difícil à partida, mas só como um choque inicial, que acorde os músculos, que acorde a sensibilidade, que desperte a atenção, o olhar, que acorde o pensamento... E depois? Depois: A aproximação do belo homem à bela mulher ao som da Internacional.


22h30 · Pequeno Auditório
UM ESPANTO NÃO SE ESPERA
2€ - preço único sem descontos - Duração: 45 min.
©Joana Patita
CONCEPÇÃO E INTERPRETAÇÃO Elizabete Francisca e Teresa Silva ASSISTÊNCIA DRAMATÚRGICA Rita Natálio SONOPLASTIA Rui Dâmaso FIGURINOS António MV, Elizabete Francisca e Teresa Silva DESENHO DE LUZ E DIRECÇÃO TÉCNICA Carlos Ramos PRODUÇÃO E DIFUSÃO Materiais Diversos APOIO DE ESTÚDIO/RESIDÊNCIA Cine-Teatro São Pedro (Alcanena), Eira (Lisboa), Escola Superior de Dança (Lisboa), O Espaço do Tempo (Montemor-o-Novo), O Rumo do Fumo (Lisboa), RE.AL (Lisboa), DemiMonde (Lisboa) AGRADECIMENTOS Ana Paula Salada, Antonia Buresi, Elisabete Miranda, Helena Serra, Joana Martins, Lídia Vaz, Sofia Dias, Vítor Roriz, equipa Appleton Square (Filipa, Rita, Vera), Fanfarra dos Bombeiros Voluntários Lisbonenses


Duas figuras com vestes longas semelhantes compõem uma lengalenga de delírios e queixumes intermináveis enquanto reduzem o mundo (o interior do seu corpo) a pó. Os “ais” seguem-nas como genes malditos. Resta-lhes a "distracção", a "happy hour" dos seus rituais antropofágicos de diálogo e jogo para fugir ao aborrecimento da sua própria repetição.


Depois do espectáculo UM ESPANTO NÃO SE ESPERA, CELEBRAÇÃO continua no 49 da ZDB até às 3h da manhã! A festa promete copos, música e saturday night fever.  É para arejar, dançar, estar na converseta e preparar-nos para o dia seguinte. 
Onde? Rua da Barroca, n. 49 ao Bairro Alto

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