Dom 4 de Novembro

15h30 · Sala 1
Jogo das Perguntas
entrada livre -  Duração: 60 min.
-Um grupo de pessoas está em círculo sentado no chão e no meio desse círculo há um microfone. Quem vai ao microfone só pode falar através de perguntas (Como? Será que? Quando? Como? Porque é que? Onde? etc.);
-Cada pergunta tem um enunciado relativamente fixo, ou seja, todas as perguntas carregam pelo menos duas informações que se tornam regra;

Por exemplo: De que forma é importante para a FILIPA participar na CELEBRAÇÃO? (Neste caso as perguntas carregam sempre um NOME e o tema ou a palavra CELEBRAÇÃO ou outra do mesmo campo semântico, por ex.: celebrar, célebre, etc.);
- O nome próprio é obrigatoriamente o nome de alguém que joga o jogo;
- A formulação poderá incluir mais que um nome próprio;
- As perguntas são feitas a partir do centro e enviadas para o centro e não directamente aos envolvidos ou nomeados;
- O jogo deverá ter a duração de 60 minutos. - O facto das perguntas serem feitas a um microfone no centro, dá à situação uma certa performatividade (há o levantar-se, deslocar-se ao centro, formular a pergunta para o círculo e voltar e sentar-se).
- É pedido às pessoas para registarem as perguntas (esteja ou não o seu nome incluído nas mesmas) que lhe parecerem importantes. As perguntas que forem alvo de maior registo farão parte da Auto-Publicação da CELEBRAÇÃO 
O Jogo das Perguntas privilegia um tempo partilhado de reflexão, imaginação e escuta. 


17h · Pequeno Auditório
UMA ESTADIA DE 30min.
2€ - preço único sem descontos - Duração: 30 min.
©Marta Brito
CONCEPÇÃO/INTERPRETAÇÃO Andresa Soares COMPOSIÇÃO SONORA Rui Lima e Sérgio Martins ASSISTÊNCIA Lígia Soares PRODUÇÃO Máquina Agradável

Uma estadia em palco com a duração de 30 minutos em que se utiliza mecanismos dramatúrgicos intencionalmente desestabilizadores que serviram à criação da peça Problema Técnico, estreada este ano em Guimarães – CEC 2012, para agora criar uma problemática em redor do tempo concedido  – neste caso 30 minutos. Esta exacta porção de tempo o público pode acompanhar através de um relógio digital em contagem decrescente.
Não há nada que seja simultaneamente tão unicamente nosso e tão transcendente a qualquer controlo como o tempo - aquele que corre. A sua passagem será constante. Ao tempo previsto subtrai-se aquele que já passou e fica o que resta. Isto se o tempo fosse regular na sua passagem, objectivo, fiável. E é. Mas o tempo traz expectativa, presente, suspense, impaciência. Quando vivido, cai no esquecimento e toma a forma do compasso do coração, da velocidade da respiração, dá espaço a imagens e por isso pára. É massa para composição e espaço para a sugestão.
Em Uma Estadia de 30 min esse tempo representado, ora corre sucessiva e independentemente dos acontecimentos, ora fica sujeito a uma interpretação subjectiva – suspende-se, baralha-se acelera – remetendo para o subconsciente, para a imaginação, o sono, o vazio, a morte, o medo que advém do seu descontrolo ou a tranquilidade que pode emergir da sua suspensão. Ao afastar o tempo da sua função primordial, este ganha o valor simbólico que lhe atribuímos.


18h · Sala 2
ARREMESSO IV de Sofia Dias & Vítor Roriz
2€ - preço único sem descontos - Duração: 30 min.
Desde há algum tempo que temos sentido a necessidade de multiplicar as formas de concretização dos nossos projetos. Uma tentativa de prolongar o período de vida do material para além da sua apresentação na black box onde ele encontra uma forma mais ou menos estável. Uma procura de natureza experimental que testa a independência do material em relação à sua origem, invade outros contextos e abre espaço para diferentes colaborações. Deste modo, depois de estrearmos Um gesto que não passa de uma ameaça em 2011, começámos a trabalhar sobre uma série de extensões desse espectáculo à qual demos o nome de Arremesso: Arremesso I -  uma performance para espaços não convencionais;  Arremesso II -  um livro; e  Arremesso III  uma experiência sonora. 

Com Arremesso IV iremos ampliar as possibilidades de contaminação da performance, submetendo elementos de diferentes trabalhos nossos a um mesmo dispositivo, percebendo de que forma se relacionam, adaptam e sobrevivem. Para esta performance contamos com a cumplicidade de sempre da artista plástica Catarina Dias para uma intervenção no espaço de apresentação.


19h · Pequeno Auditório
PONGO LAND
2€ - preço único sem descontos - Duração: 45 min.
©Theo Solnik
COREOGRAFIA E PERFORMANCE  Nuno Lucas & Hermann Heisig PRODUÇÃO  Collective Consciousness CO-PRODUÇÃO Théâtre de l'Usine FOTOGRAFIA Theo Solnik APOIO Tanzwerkstatt Berlin, CENTA, Forum Dança, ACCCA OBRIGADO a Theo Solnik, Florent Delval, Beby Raza, André Theriault,Christabel Heisig, Johannes Heisig, Maria Lucas, João Lucas, Madeleine Fournier, Anne Zacho Sogaard


Pongo Land é o encontro de dois corpos muito diferentes: os de Nuno Lucas e Hermann Heisig, autores e intérpretes deste trabalho.
Em palco exploram as diferenças, as semelhanças e as possíveis ou impossíveis relações entre os seus corpos, provocando um forte encontro entre o humor e a monstruosidade. Eles comparam-se, competem e copiam-se incessantemente, criando um estado de permanente modulação. Pongo Land confronta os limites da normalidade humana e a forma como reagimos ao que nos é estranho e diferente.


20h · Átrio do Pequeno Auditório
COMPUTADOR DA CRÍTICA E Auto Publicação
Encerramento
entrada livre -  Duração: 60 min.

Durante a CELEBRAÇÃO teremos uma Redacção em Directo (Mais Crítica) que dará corpo à escrita. Esta redacção irá não só acompanhar, informar, reflectir, escrever, registar, criticar todas as actividades como irá também acompanhar um serviço criado especialmente para valorizar a nobre actividade que é testemunhar um evento cultural: O Computador da Crítica.
Este serviço terá como base a disponibilização de computadores e o convite a que qualquer pessoa possa escrever sobre a sua experiência como espectador. A estruturação de um espaço público dedicado à escrita crítica pretende ser uma provocação à voz do espectador e um incentivo ao gosto pela crítica, reforçando a sua importância para a valorização da atividade artística e expandindo-a para além dos meios profissionais a que está normalmente cingida.
No final dos 4 dias teremos assim um conjunto de material escrito pelo público, artistas, participantes e críticos, colecionado e processado para culminar no lançamento da Auto Publicação. Esta publicação criará a narrativa da CELEBRAÇÃO na perspetiva de quem fez e de quem assistiu.
O evento de lançamento da Auto Publicação (encerramento) será simultaneamente a sua impressão seguindo uma lógica de Impressão sob Demanda. Esta será também um ato performativo que depende directamente do envolvimento e interesse manifesto pelo leitor - uma edição que coloca a procura em perfeita harmonia com a oferta.

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