Jogo das Perguntas
entrada livre - Duração: 60 min.
-Um grupo de pessoas está em círculo sentado no chão e no meio desse
círculo há um microfone. Quem vai ao microfone só pode falar através de perguntas
(Como? Será que? Quando? Como? Porque é que? Onde? etc.);
-Cada pergunta tem um enunciado relativamente fixo, ou seja,
todas as perguntas carregam pelo menos duas informações que se tornam
regra;
Por exemplo: De que forma é importante para a FILIPA participar
na CELEBRAÇÃO? (Neste caso as perguntas carregam sempre
um NOME e o tema ou a palavra CELEBRAÇÃO ou outra
do mesmo campo semântico, por ex.: celebrar, célebre, etc.);
- O nome próprio é obrigatoriamente o nome de alguém que joga o jogo;
- A formulação poderá incluir mais que um nome próprio;
- As perguntas são feitas a partir do centro e enviadas para o
centro e não directamente aos envolvidos ou nomeados;
- O jogo deverá ter a duração de 60 minutos.
- O facto das perguntas serem feitas a um microfone
no centro, dá à situação uma certa performatividade (há o levantar-se,
deslocar-se ao centro, formular a pergunta para o círculo e voltar e
sentar-se).
- É pedido às pessoas para registarem as perguntas (esteja ou não o
seu nome incluído nas mesmas) que lhe parecerem importantes. As perguntas que
forem alvo de maior registo farão parte da Auto-Publicação da CELEBRAÇÃO.
O Jogo das Perguntas privilegia um tempo partilhado de reflexão,
imaginação e escuta.
17h · Pequeno Auditório
UMA ESTADIA DE 30min.
2€ - preço único sem descontos - Duração: 30 min.
©Marta Brito |
CONCEPÇÃO/INTERPRETAÇÃO Andresa Soares COMPOSIÇÃO SONORA Rui
Lima e Sérgio Martins ASSISTÊNCIA Lígia
Soares PRODUÇÃO Máquina Agradável
Uma estadia em palco com
a duração de 30 minutos em que se utiliza mecanismos dramatúrgicos
intencionalmente desestabilizadores que serviram à criação da peça Problema Técnico, estreada este ano em
Guimarães – CEC 2012, para agora
criar uma problemática em redor do tempo concedido – neste caso 30 minutos. Esta exacta porção
de tempo o público pode acompanhar através de um relógio digital em contagem
decrescente.
Não há nada que seja
simultaneamente tão unicamente nosso e tão transcendente a qualquer controlo
como o tempo - aquele que corre. A sua passagem será constante. Ao tempo
previsto subtrai-se aquele que já passou e fica o que resta. Isto se o tempo
fosse regular na sua passagem, objectivo, fiável. E é. Mas o tempo traz
expectativa, presente, suspense, impaciência. Quando vivido, cai no
esquecimento e toma a forma do compasso do coração, da velocidade da
respiração, dá espaço a imagens e por isso pára. É massa para composição e
espaço para a sugestão.
Em Uma Estadia de 30 min esse tempo representado, ora corre sucessiva
e independentemente dos acontecimentos, ora fica sujeito a uma interpretação
subjectiva – suspende-se, baralha-se acelera – remetendo para o subconsciente,
para a imaginação, o sono, o vazio, a morte, o medo que advém do seu
descontrolo ou a tranquilidade que pode emergir da sua suspensão. Ao afastar o
tempo da sua função primordial, este ganha o valor simbólico que lhe
atribuímos.
18h · Sala 2
ARREMESSO IV de Sofia Dias & Vítor Roriz
2€ - preço único sem descontos - Duração: 30 min.
Desde há algum tempo que temos sentido a
necessidade de multiplicar as formas de concretização dos nossos projetos. Uma
tentativa de prolongar o período de vida do material para além da sua
apresentação na black box onde ele encontra uma forma mais ou menos estável.
Uma procura de natureza experimental que testa a independência do material em
relação à sua origem, invade outros contextos e abre espaço para diferentes
colaborações. Deste modo, depois de estrearmos Um gesto que não passa de uma
ameaça em 2011, começámos a trabalhar sobre uma série de extensões
desse espectáculo à qual demos o nome de Arremesso: Arremesso I - uma
performance para espaços não convencionais; Arremesso II - um
livro; e Arremesso III uma experiência
sonora.
Com Arremesso IV iremos ampliar as
possibilidades de contaminação da performance, submetendo elementos de
diferentes trabalhos nossos a um mesmo dispositivo, percebendo de que
forma se relacionam, adaptam e sobrevivem. Para esta performance contamos com a cumplicidade de sempre da artista plástica Catarina Dias para uma intervenção no espaço de apresentação.
19h · Pequeno Auditório
PONGO LAND
2€ - preço único sem descontos - Duração: 45 min.
©Theo Solnik |
COREOGRAFIA E PERFORMANCE Nuno Lucas & Hermann Heisig PRODUÇÃO
Collective Consciousness CO-PRODUÇÃO Théâtre de l'Usine FOTOGRAFIA
Theo Solnik APOIO Tanzwerkstatt Berlin, CENTA, Forum Dança, ACCCA OBRIGADO
a Theo Solnik, Florent Delval, Beby Raza, André Theriault,Christabel
Heisig, Johannes Heisig, Maria Lucas, João Lucas, Madeleine Fournier, Anne
Zacho Sogaard
Pongo Land é
o encontro de dois corpos muito diferentes: os de Nuno Lucas e Hermann Heisig,
autores e intérpretes deste trabalho.
Em palco exploram as diferenças, as semelhanças e
as possíveis ou impossíveis relações entre os seus corpos, provocando um forte
encontro entre o humor e a monstruosidade. Eles comparam-se, competem e
copiam-se incessantemente, criando um estado de permanente modulação. Pongo
Land confronta os limites da normalidade humana e a forma como reagimos ao
que nos é estranho e diferente.
20h · Átrio do Pequeno
Auditório
COMPUTADOR DA CRÍTICA E Auto Publicação
Encerramento
entrada livre - Duração: 60 min.
Durante a CELEBRAÇÃO teremos uma Redacção em
Directo (Mais Crítica) que dará
corpo à escrita. Esta redacção irá não só acompanhar, informar, reflectir,
escrever, registar, criticar todas as actividades como irá também acompanhar um
serviço criado especialmente para valorizar a nobre actividade que é
testemunhar um evento cultural: O
Computador da Crítica.
Este serviço terá como
base a disponibilização de computadores e o convite a que qualquer pessoa possa
escrever sobre a sua experiência como espectador. A estruturação de um espaço
público dedicado à escrita crítica pretende ser uma provocação à voz do
espectador e um incentivo ao gosto pela crítica, reforçando a sua importância
para a valorização da atividade artística e expandindo-a para além dos meios
profissionais a que está normalmente cingida.
No final dos 4 dias
teremos assim um conjunto de material escrito pelo público, artistas,
participantes e críticos, colecionado e processado para culminar no lançamento
da Auto Publicação. Esta publicação criará
a narrativa da CELEBRAÇÃO na perspetiva
de quem fez e de quem assistiu.
O evento de lançamento
da Auto Publicação (encerramento) será
simultaneamente a sua impressão seguindo uma lógica de Impressão sob Demanda.
Esta será também um ato performativo que depende directamente do envolvimento e
interesse manifesto pelo leitor - uma edição que coloca a procura em perfeita
harmonia com a oferta.
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